Há mais de 20 anos, o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) facilita o acesso ao ensino superior para estudantes de baixa renda. Criado em 1999, o Fies veio para substituir o Programa de Crédito Educativo (CREDUC) que existia desde a década de 1970. Inicialmente, o programa visava oferecer financiamento a juros baixos para estudantes matriculados em cursos de graduação em instituições de ensino superior privadas.
Nos primeiros anos, o Fies enfrentou desafios, como baixa adesão e dificuldades burocráticas, que limitavam o acesso dos estudantes ao financiamento.
Em 2010,foi necessária uma significativa reformulação. As principais mudanças incluíram a redução das taxas de juros, ampliação do prazo de carência e de pagamento, e a gestão do programa passou para o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Com essas mudanças, o número de contratos firmados aumentou consideravelmente, refletindo uma maior adesão dos estudantes ao programa.
Entre os anos de 2014 e 2017 o FIES passou por dificuldades e foi realizada uma série de ajustes no programa, incluindo mudanças nas regras de seleção e priorização de cursos, visando garantir a sua sustentabilidade.
Em 2018, o Fies foi novamente reformulado, sendo dividido em três modalidades. Essas mudanças visaram melhorar a sustentabilidade do programa e aumentar a inclusão de estudantes de diferentes faixas de renda:
- Fies 1: Para estudantes com renda familiar per capita de até três salários mínimos, com juro zero e pagamento de acordo com a renda do egresso.
- Fies 2 e 3: Modalidades para estudantes com renda familiar per capita de até cinco salários mínimos, financiadas por bancos privados, com juros variáveis.
O Fies passou por diversas transformações desde a sua criação, sempre com o objetivo de ampliar o acesso ao ensino superior no Brasil. As mudanças implementadas ao longo dos anos buscaram equilibrar a oferta de financiamento com a sustentabilidade financeira do programa, adaptando-se às necessidades dos estudantes e às condições econômicas do país.